Pobre relógio suíço, de nobres materiais revestido! Gabas, opulento, a tua precisão esquecendo que um só grão de areia na mais insignificante das roldanas que te animam basta para que toda essa exuberante engrenagem se quede inerte, como morta.
Já eu, mero instrumento primitivo, estou só: uma vara de metal única, exposta aos caprichos das estações. Não há, porém, vendaval capaz de me derrubar. E, enquanto houver Sol, aqui estarei, eterno e imutável, marcando a passagem do Tempo.
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