domingo, 12 de janeiro de 2014

"Espelho meu..."

Sem título © Emil Schildt




Esgotados todos os risos e gastas todas as palavras, resta-nos a aveludada imensidão do silêncio e nela, na grandeza silente deste lugar chamado desejo, o momento em que os teus olhos encontram os meus e os perscrutam, como se precisassem; como se não soubessem, já, que, uma vez atravessadas as camadas vítreas de brilho superficial e chegados à água negra e funda onde escondo a alma, não encontrarão nada para além do teu reflexo em mim…